Em 2012, nas Jornadas Ecofeministas levadas adiante em Compostela, das que gardamos umha lembranza muito boa, algumhas mulleres decidimos propor umha dinâmica de trabalho sobre direitos dos animais. As que ali nos juntáramos nom nos conhecíamos e vinhamos de mundos diferentes, mas compartilhávamos o activismo feminista e antiespecista. Para além disso, havia umha grande preocupaçom que nos unia: como artelhar um movimento que defenda os feminismos e os movimentos de defesa dos animais. Sentíamos, cada umha desde o seu lugar, que estes dous movimentos estavam muito distantes, o qual nos fazia sofrer em cada um dos espaços nos que militávamos, e queríamos tentar trabalhar no seu achegamento. Depois, aos poucos, foram unido-se novas pessoas interessadas no “Vegafeminismo”.
Por que é que o antiespecismo e os feminismos devem apoiarse?
O antiespecismo está baseado numha igualdade que, por coerência, é levada até as suas últimas consequências lógicas: até essa ideia de que todos os seres sentintes merecem consideraçom moral. Assim, o movimento antiespecista toma como tema centrar o que é negado noutros movimentos sociais: a opressom animal.
“Parece-nos unha eiva que, nalgúns casos, se reproduçam dentro do movimento antiespecista comportamentos relacionados com a opressom de género”
Compartimos aqui essa raiz igualitária, e parece-nos umha eiva que, nalguns casos, se reproduçam dentro do movimento antiespecista comportamentos relacionados com a opressom de género.
Nom pretendemos que o antiespecismo considere como tema próprio a “igualdade de género”, para isso já existem os feminismos; mas queremos que o movimento nom colabore com o patriarcado, por coerência com a sua raiz igualitária e porque a opressom das mulheres constitui umha violaçom dos direitos fundamentais. Reivindicamos aqui o desejo de dialogar entre o movimento feminista e antiespecista, com a ideia de ir trabalhando em possíveis e futuras alianças.Por outra banda, achamos que um movimento antiespecista mais inclussivo seria mais forte e mais eficaz. Nos grupos antiespecistas nos que se respire um aire de igualdade e no que nengumha pessoa se sinta siscriminada, haverá umha base de confiança que reforzarça os vínculos e o compromisso das pessoas integrantes com os objetivos do grupo. Além do mais, um movimento antiespecista que aprenda doutros movimentos sociais emancipatórios, como o feminismo, e que esteja aberto a eles, enriquecera-se. Por exemplo, nom é muito conhecido que algumhas mulheres feministas estiverom desde o início no movimento antiespecista e que deixarom nele a sua pegada. Já entre as sufragistas atopamos ativistas entusiastas da antiviviseçom e vegetarianas.
Que cousas temos entre maos?
Fizemos um Obradoiro Vegafeminista nas jornadas de Autoformaçom Feminista, um lugar de encontro entre mulheres feministas. Neste obradoiro falamos das similitudes entre a opresom das mulheres e a dos animais. Foi muito interessante apresentar-lhe a outras companheiras a nossa ideia da justiça feminista, que se espalha também á defesa dos direitos dos animais. Além disso, comentamos a nossa experiência pessoal como activistas dentro do movimento feminista e antiespecista e a dor que nos causa a sua distância. Gostariamos de continuar a realizar este tipo de obradorios, pois é um âmbito de aprendizagem para nós. Agora mesmo estamos a preparar umha “Guia de boas práticas para evitar o sexismo no movimento antiespecista”. Faremos em breve umha apresentaçom desta Guia, com a ideia de que as pessoas que asistan participen na Guia. Estades todas convidadas.
“Estamos a preparar umha ‘Guia de boas prácticas para evitar o sexismo no movemento antiespecista’”
Onde atoparnos?
Temos unha página de Facebook: “Espazo vega-feminista”. Nesta página vamos colgando novas de interesse que vencelham os feminismos e o antiespecismo, assim como artigos de interesse para reflexionar e debater.
Para por-vos em contacto connosco, unir-vos ao nosso trabalho, debater… também podedes escrever-nos um correio electrónico: espazovegafeminista@gmail.com.
autoría: Espazo VegaFeminista