Direito de autodeterminaçom: a vontade dum povo e a negaçom práctica.

LUME!Os direitos humanos nom fôrom regalados polas classes dominantes. Fôrom, pola contra, as classes oprimidas e a sua luita por umhas condiçons de vida dignas quem pressionárom para a articulaçom da Declaraçom dos Direitos humanos e os Pactos Internacionais dos Direitos Humanos.

Cumpre destacar que nom existem como tal, com essa visom individualista própria
do capitalismo, os direitos individuais propriamente ditos. Os direitos humanos (direito à vivenda, à vida, ao trabalho digno, a liberdade de expressom, de reuniom, de viver na própria lingua, …) som direitos coletivos na prática, pois o ser humano é um ser social e estes direitos existem numha pessoa enquanto a outra também desfruta do mesmo. Do contrário, que sentido tenhem?

“Nom existem como tal os direitos individuais. Os direitos humanos som direitos coletivos na prática, que so existem numha pessoa enquanto a outra também desfruta do mesmo.”

Mas, além disto, a própria organizaçom das pessoas, organizadas como povo diferenciado, possuem o direito a decidir, a autodeterminar-se ou a determinar-se
livremente. Esse é o nosso caso, o galego, o da Galiza, inserida num conflito que
leva a concretar este direito universal e inalienável mediante as sucessivas luitas.
Pois a nossa naçom, como o resto, nasce dumha relaçom dialética entre a vontade
subjetiva e as condiçons objetivas que a sustentam.

A vontade do nosso povo leva séculos existindo e reivindicando algo que se evidencia aceitado à força pola burguesia dos Estados opressores, o direito a decidirmos sobre os nossos asuntos. Isto é assim porque a teoria é desvirtuada e negada na prática.

A autodeterminaçom é impossivel sem auto-organizaçom. Só nós, os galegos e galegas, mediante organizaçons políticas, vicinais, sociais, feministas, culturais, desportivas, através da construçom de centros sociais autogestionados, onde se defenda e normalice a nossa língua, onde se recupere a nossa cultura e tradiçom popular, onde se divulgue a história do nosso país, onde se socialize a simbologia nacional, onde se construa um exemplo de auto-organizaçom popular, podemos dar a primeira mostra de que podemos
decidir e tornar real um direito escrito em papel molhado.

Autora Centro Social LUME!

Deixa unha resposta

O teu enderezo electrónico non se publicará Os campos obrigatorios están marcados con *