Con este texto dramático publicado por ‘Círculo Ediçoes’, Alonso Novelhe levanos a reflexionar sobre a soidade, a morte e o esquecemento….
Com ‘(No) Meio (do) Oriente, Círculo Edições publica o seu segundo livro e o primeiro em teatro. Com este número principiamos a Coleção Knosos, pensada para divulgar este género literário. Género de grande projeção nos meios de comunicação e na sociedade pela sua expansão na realidade, por poder ser representado num cenário. Portanto, tem a
força do visual e do auditivo. Os sentidos gozam no máximo grau pela perfeição que exprime na representação imaginária, e oxalá num futuro próximo, na realidade.
Somos conscientes do grande labor do autor. Artur Alonso Novelhe, nascido em México e residente em Ourense, ativista no Clube dos poetas vivos, é um profundo conhecedor da arte pechada nas palavras. Quando lemos o seu trabalho, ficamos surpreendidos pelas mentes dos seus personagens. Personagens complexos e esquisitos, dotados da seriedade da vida que pesa como uma lousa mortuária. Estão continuamente lutando com o existencialismo puro; com a solidão, com a morte, com o esquecimento… Em fim, com a eterna pergunta do homínido: O Por quê de estar cá, o por quê de viver, e a sua finalidade na VIDA. A filosofia própria do ser, a mais real e inócua, a mais simples que dá o sentido a tudo o que nos rodeia, é a que está nas páginas deste livro. Um livro comprometido e veraz, e também um estudo do ser humano na faceta mais interior e desconhecida de si próprio.
Nós acreditamos nesta obra, achamos que a sua valia acrescenta o nosso trabalho de edição. Pois, é uma obra muito especial e atrevida. Rompe com os cânones estabelecidos do género e transfigura com delicadeza a dificuldade que tem a sua própria escolha, o mesmo ser, e essa dificuldade multiplica o seu valor. Realça a profundidade do sonho humano.
Com esta edição de teatro, pretendemos escavar nos assustadores fatores sociais. Queremos traspassar barreiras instauradas no tédio e no conhecido. Desejamos saber e crer no Pensamento, Ele é o motor dos homens e mulheres. ELE é o pneu do mundo que se movimenta em si próprio. O Pensamento faz-nos evoluir, pois somos pensamento.